sexta-feira, 5 de abril de 2013

Prumo Moral

Todos estamos expostos, dá-mos de nós e recebemos dos outros, impressões, emoções, e captamos, e captamos, e captamos. Uns mais que outros, mas todos nós captamos não fossemos nós seres sensoriais, que tiramos impressões de tudo. E é exatamente na infantil fase das aprendizagens que tudo começa. Eu comecei por querer ser o exemplo la de casa, porque só ouviria louros, depois o melhor na catequese para que fosse credível perante a vizinhança, bem, tudo porque me diziam, “faz o bem e serás bem visto”. Mas cresci e crescer com a frase “ não faças aos outros, aquilo que não gostarias que te fizessem” para mim foi o melhor dos dogmas. Mais que um pilar religioso foi sempre uma “medida” ou “dosagem” para o meu desempenho coletivo. Aprendi que a boa comunicação não depende do improviso espontâneo, mas das boas relações de respeito e do enraizamento pessoal nas situações. Antigamente os dogmas filosóficos eram realmente diretrizes para saber gerir mentalidades quanto ao meio e a intelectualidade. E descambou aqui mesmo, pregar a moral além de ser inválido na atualidade, talvez, porque a instrução é dada por vezes por quem nunca a toma para si, e acredito que isso desfavoreceu completamente a mensagem. Na atualidade esta prática esta em desuso e sem fio condutor a maioria dos civilizados gravita sobre os movimentos magnéticos das massas, e mais nada. É inaceitável que o trabalho milenar dos pensadores que ajudaram a equilibrar o mundo dando-nos a interpretação logica das coisas, se tivesse perdido simplesmente porque questionarmo-nos é desconfortante nesta era descartável, rápida e inconsequente. Não pode haver nenhum tipo de paz de espirito, em atos cíclicos irrefletidos! Pode-se até refugiar no silêncio ou fazer missões caridosas em que se pratica a abstinência, isso não é nada se não souber dar de si como mensagem algo credível e bem fundamentado. Foi assim que eu aprendi, com a experiencia dos outros a ouvir os outros e a questionar o que ouvia e depois fazia a minha própria análise, e muitas vezes debatia as minhas ideias com outros e ainda hoje pratico. Esta foi a minha a melhor forma de comunicar, ouvindo, sabendo e refletindo. A moral é isso num só plano evidente, e o melhor é que já foi testado á mais de dois mil anos. Acredito que é a falta de um prumo moral nas conceções mentais, que está a enfraquecer a boa harmonia das relações individuais, familiares, politicas, sociais e de qualquer tipo de órgão a ser regido segundo uma orientação. Se as crenças existem é porque alguém acreditou antes e perder a crença na humanidade é perder o rumo intelectual e isso e totalmente impensável, é bom que pondere, somos nós parte dessa massa, e se a mensagem não unir vai desassociar, e ai sim, já não pertencemos a grupo nenhum, somos individuais, a viver cada um por si, sem comunicação de si para o outro.